terça-feira, outubro 24, 2006

sábado, setembro 16, 2006

Telextrusão

Em paranóia-parafuso, extrudido-atordoado, porvir d'incerto improviso é o que parecerá minha figura, n'ambliopia perene-imperecível do comum concidadão, mais habituado, decerto, à'tilada opinião d'um sábio popular em sapiente-incipiosa verborreia d'ocasião, no jornal ou na revista ou, até, na curta-pantalha do aperelho radio-catódico, a que o vulgo mais vulgar também apoda de tele-visão.

sábado, julho 29, 2006

quinta-feira, junho 22, 2006

"bom dia Senhor Fumega"

declinação

... eis um homem de pouco sustento e muito lamento.

quinta-feira, maio 25, 2006

Um "geboim"

Retalhos #5

... nem há vício sem suplício.

terça-feira, maio 23, 2006

"Professando Uma Arte Burguesa"

Mundi Vidência

O mundo é uma bola
   que rola,
     rebola,
       inda faz carambola
          e nos bate na tola.

quinta-feira, maio 18, 2006

segunda-feira, maio 15, 2006

Transevidência

Quem procura coerência está a um passo da demência.

sexta-feira, maio 12, 2006

segunda-feira, maio 08, 2006

Rememoração

Pessoalíssima lembrança
D'outro tempo
       outra dança
Uma Era d'abastança
De dormir,
       encher a pança.

domingo, maio 07, 2006

"Flower Hat"

Retalhos #4

... pode ser, pode ser, a pergunta pelo ser.

quinta-feira, maio 04, 2006

quarta-feira, maio 03, 2006

Retalhos #3

... já agora, façam-me ainda o favor, escolham bem o meu epitáfio.

terça-feira, maio 02, 2006

segunda-feira, maio 01, 2006

Retalhos #2

... apresentava, enfim, traços de uma salutar demência.

sábado, abril 29, 2006

sexta-feira, abril 28, 2006

Retalhos #1

... e só o tempo do meio não é.

quinta-feira, abril 27, 2006

quarta-feira, abril 26, 2006

Projectar

Vejam: seja a força do destemido olhar.

terça-feira, abril 25, 2006

segunda-feira, abril 24, 2006

Grundstimmung

Há um luto, uma tristeza
Da mais peculiar natureza

Um cansaço, um exaurir
Uma pétala, sempr'a cair

É ser, assim, nesta cadência
É só una, desistência

domingo, abril 23, 2006

sábado, abril 22, 2006

Epigrama

O neurótico não se rebela, rebola-se.

sexta-feira, abril 21, 2006

Umpeix'armado

Domiciliação

Qual a morada da exaurida metáfora:
o panteão d'esquecimento ou
         a vida de todos os dias?

quarta-feira, abril 19, 2006

Eram Três

Décima Quarta Entrada

Dizemos nós que no âmago da quotidianidade está a angústia do tempo em seu tropel e, no entanto, o dia-a-dia é o lugar do mesmo que se itera.

segunda-feira, abril 17, 2006

domingo, abril 16, 2006

XXIII

#1

Nós:
Não somos mais que uma casca de noz, quando não somos uma casca de nós.

#2

Ouçam:
Quando um sonido se torna em zoado e este ascende a ruído,
ensurdecedor barulho que nos ofusca os sentidos
até às entranhas.

#3

Só o mais frágil perdura.
Que o tempo (incessante como ele só) trabalha contra toda a dureza adamantina.

#4

Eis a gotícula.
Pinga que pinga até tocar no fundo das coisa.

#5

Para quê viajar, se nunca saímos de nós?

#6

Salta a pulga. Saltem pulgas, que vós nunca sereis humanos.

#8

Olhem, mas não vejam.
Que o horror nunca vos toque as pupilas.

#9

O espaço é todo o espaço do Mundo.
Mas o tempo é o fiel das almas.

#10

Sem a desgraça como poderíamos aprender a ser felizes?

#11

Gentil alma, não t'evoles, que ainda não chegou o teu tempo.

#12

O Ser, sem saber, é ditoso?

#13

A matéria toca-nos de muito perto.

#14

Será a natureza do enigma o horror e o medo?

#15

Embalamos a vida com todos os cuidados.
E, no entanto, somos nós que por ela somos tidos.

#16

Interrogação lapidar:
Se eu não existisse, ainda haveria Mundo?

#17

Mesmo quando todas as palavras forem ditas, ainda poderemos escutar.

#18

O Sol é uma alegria de luz ou o horror da claridade?

#19

Vivam, mas não em contemplação.
Para que o tempo vos não ultrapasse.

#20

Se trabalhais de Sol a Sol, podeis viver durante a lua?

#21

Jamais digas a Palavra Final.
Pois, quem te garante que, uma vez proferida, não termina também o Mundo?

#22

Uma criança brinca e um velho morre.
Que tristeza quando os termos se invertem.

#23

Nunca prometas, para que o Destino não contrarie as tuas honestas intenções.

sábado, abril 08, 2006

Um Buda Ditoso?

Décima Terceira Entrada

Triscaidecafobias à parte, vou fuçando nesta arte de dizer o que se pensa quando só resta a indiferença ou uma grande doença ...
... da pinha

domingo, abril 02, 2006

sábado, abril 01, 2006

Cinco Notas de Um [outro] Diário

#1

Tudo bem seria na constelação das coisas, não fora esta inermitenciazinha no estar. Hoje trabalho, amanhã ocío, farrapo sem préstimo. Agora faço, logo desfaço, com um cansaço derriçoso. Enfim, niilista assumido vou sendo consumido pelo tormento do fragmento.

#2

O tempo é um corcel que nos desgasta em tropel e o futuro foi ontem. Queríamos tê-lo apanhado, com ele brincado (a manusear com cuidado) mas tão depessa passou, ZUM, já está, nem visto só ouvido, nesse célere zunido.

#3

Os dias claros são para os outros.
Rebolemo-nos na diáfana cinzentude intricadamente ensimesmada da nossa existência tormentosa.
Olhai, o céu que se esvai em dourados, porque não olhais o céu que se esvai em dourados?

#4

Um fresco sorriso de jovem contém uma indizível beatude. Se esse sorriso a nós fosse destinado, seríamos tocados pelo sopro do inefável?

#5

O vigor é uma miragem com que não ousamos sonhar. Do desalento, porém, somos mestres, pois que, a todo o momento, encetamos a vã demostração da prodigalidade da profunda resignação.

quinta-feira, março 30, 2006

terça-feira, março 28, 2006

O Salto

Sempre sedento de agarrar o momento, dou um salato e PAF, estatelo-me no chão.

domingo, março 26, 2006

sábado, março 25, 2006

Conselho

Tudo tem a sua ciência e cada um o seu mester. Deus saberá de todos, embora uns se julguem mais próximos do Senhor e outros abandonados do Seu amparo. E, no entanto, diz-se que a vida é breve para tão longa arte. Seja. Os mais sábios de entre os sábios dizem que a todo o lugar a sua coisa e que os desígnios do Altíssimo são insondáveis. Dizemos nós, que deveis procurar a vossa ocupação, que deveis percorrer o caminho dessa demanda.

Será vossa recompensa a certeza de que, encontrando a vossa vocação íntima, também sabereis o lugar que vos foi dado ocupar na infinitamente complexa ordem das coisas.

sexta-feira, março 24, 2006

quinta-feira, março 23, 2006

Na Modorra

Se eu faço sou palhaço, se não faço sou madraço. Se eu corro fic'asmático, se não corro sou fleumático. Se eu olho sou devasso, se não olho sou madraço. Se eu quero sou guloso, se não quero sou preguiçoso. Se t'agarro eu t'amasso, se não toco sou madraço.

E eu, madraço assumido, acho isso divertido. Já qu'estou sempre lixado e pra não ficar cansado deix'a vida passar ao lado.

terça-feira, março 21, 2006

domingo, março 19, 2006

Um Pouco do «Poema do Pouco»

(...)

(Qu'uma alma não se cansa, é só luz e esperança. É pura energia etérea desligada da matéria.)

sábado, março 18, 2006

quinta-feira, março 16, 2006

Alma, Alminha... Tanto Sofres, Coitadinha

Neurose por osmose qu'esta vida é uma necrose, da alma que quer calma, Sol e beleza mas só lhe resta a'spereza da pobreza d'existir, sem rumo nem aprumo, mendigando esmolinhas, que seja plas alminhas que lá estão pois, as que ficam, pra lá irão, na inexorável direcção da última libertação.

quarta-feira, março 15, 2006

terça-feira, março 14, 2006

(s/ título)

Se quero dormir, não durmo.
Se quero viver, não vivo.
Se quero amar, não amo.
Se quero respirar, por vezes,
     não consigo.
Mas, se chamar,
     alguém me responde?

domingo, março 12, 2006

sábado, março 11, 2006

Entrada Desanimada

É uma tristeza sem nobreza. Não alto e puro e forte, mas trágico. Apenas ensimesmado no voraz não-acontecer da cinzenta e baça quotidianeidade do mesmo iterado em si. Muralha de névoa... nem mesmo muralha, tão só, parede de vil caliça, pois que, se muralha fosse, então haveria besta medieva do outro lado, ou algo terrível a ser degolado e conquistado. Assim, sendo o que se é, ultrapassada a barreira, se veria sem espanto nem pavor que a outra banda era mero espelho (deformado, talvez) desta mesma.

sexta-feira, março 10, 2006

quinta-feira, março 09, 2006

Os Tolos

Quem s'importa quem me diz quem me fala desta vida deste ser que se não cumpre mesmo que se tente a sorte se desafie a morte sem nada acontecer nas malhas que o tempo tece num afã sempre a correr e pobre desolado passo a vida amordaçado cabisbaixo sempre calado que a nova pena dos homens já não é o proibir é apenas não ouvir que todos falam e ninguém escuta estão imersos na labuta de soar mais alto e mais forte até rebentar o pulmão que o ego dos c'aqu'estão é toda uma imensidão ficando na solidão de berrarem ao vento cada um o seu lamento?

quarta-feira, março 08, 2006

Drama

Vindicação

Pois pois, gritar pró vazio. Assim, a força do nada que esmaga num silêncio de abandono. Sem rumo e sem dono, aceitando as esmolas da consolação que são três abelhinas trabalhadeiras no esgar de um zangão. Não sei o que digo, nem porque sim, nem porque não. A vitória soará, olá se soará, um zumbido aterrador, pulverizando com o calor de mil sóis. E a fúria dos mansos atroará esses ouvidinhos delicados, que só ouvem a suave voz dos seus umbigos, tão fundos que será necessário o cataclismo para espaventar as sombras. Mas, enfim, não será esse um fim à medida de tão tolas alminhas, coitadinhas, estúpidas como elas só?

segunda-feira, março 06, 2006

domingo, março 05, 2006

Ulisseia

Tanta força, tanto esmero, a rondar o desespero.

Salta, não salto... Só se fosse, um saltinho... que um pedacito d’abismo não iria fazer mal a ninguém... apenas para ver como é... sentir-lhe o gosto, e sair muito antes do desgosto... um saltarico ou nem tanto... um pulinho de pulga, ou menos...

(é claro que não há só um pouco d’abismo. Ou se anda dentro das linhas da razão, da boa, ou talvez não, ou então sobrevem a queda, irreversível e total, uma vertigem sem remição rumo à abissal dissolução).

sábado, março 04, 2006

sexta-feira, março 03, 2006

Intensintenção

Pro-po-si-ta-do, tudo é, pro-po-si-ta-do.

quinta-feira, março 02, 2006

quarta-feira, março 01, 2006

Óbices Musicais

Arredio do quotidiano pragmatismo, da peculiar praxis do dia-a-dia, pois todos os actos, os mais ínfimos actos, têm de constar da precisa coreografia de uma sinfonia em gran polifonia, embora, para grande infortúnio do vivente, um pouco, ou, quiçá um muito, truncada, diria mesmo, de cariz irremediavelmente pós-moderno...

terça-feira, fevereiro 28, 2006

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Da Vida Vivida

É da vida bem vivida que hemos atrás. Como um perdigueiro no rasto da caça. Mas, debalde, qual mastim constipado, de focinho entupido, que não distingue, em meio da sinfonia d'olores que o mundo também é, o particular timbre olfactivo da presa. Pois que, em terra de cegos, nos falta, ainda, o mais subtil dos sentidos.

domingo, fevereiro 26, 2006

sábado, fevereiro 25, 2006

Décima Segunda Entrada

Poderá ascrita vindicar a existência? Mormente, quando esta, a existência, é baça, e, mesmo que a outra, ascrita, não seja particularmente brilhante. Talvez um breve e equívoco tremeluzir. Nem, tam pouco, iss'importa. Certo é, tão só, qu'intretém o espírito com a hipotesezinha de tal vindicação.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Constatação

De c'adianta escrevinhar s'a chuva persiste, monótona e triste, tal qual o tiquetaquear do cronómetro, pautando a aniquilação do que é.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Décima Primeira Entrada

Pinga que pinga e do pingo provém o respingo. Atingindo os recessos da vontade com tal impulso que faz ruir as defesas, de fileiras cerradas, contra a inacção.
Se, ao menos, não pinga que pingasse o mundo seria outra ostra e não casca vazia.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

domingo, fevereiro 19, 2006

Décima Entrada Em Jeito de Advertência

Fechai os olhos. Muito bem.
Agora, abri-os de novo, e remirai o que vos cerca. Parece-vos belo, agradável, prazentoso?
Ou, antes pelo contrário?
Se a resposta for p'la hipótese segunda, contemplai se não valerá a pena sair. Procurar mais aprazível local.
Porquanto, se o belo lava a alma, o seu oposto emporcalha o espírito, penetrando pelas frinchas da razão, até enlamear todo o pensamento.
Tende, pois, muito cuidado.

sábado, fevereiro 18, 2006

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

O Compassivo

Desenho em comprazimento. Desenho em afastamento do rigor e da razão. Tudo é feito no momento ao sabor da emoção. Pinto, risco e respingo, e volto, ainda, pra rabiscar um qualquer apontamento ou uma ideia que ande no ar.
Sem um traço direito, sem um ai de proporção, uma choldra de linhas a eito, indo prestes à derrição.
Desenho com todo o comprazimento, até à exaustão.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Silêncio, por favor...

E a fome e a sede d'esquiva serenidade?

C'o mundo é vasto de maldade, de fragor e de alarde. Dos ruídos vãos da fervilhante insanidade d'esta estrepitosa humanidade.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

domingo, fevereiro 12, 2006

Desesperança

Nada. Não me digam nada.
Não me falem dos campos floridos, nas manhãs de estio.
Não vos quero ouvir.
Não me contem das belas donzelas, passeando à beira mar, peles elásticas sabendo a sal.
Minha é a noite, torpor o meu reino ignoto.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Que Fazes?

Sendo apenas para ser, sem um quantum matricial d'alegria. Um raio de luz devassando a penumbra. Um sorriso inesperado.

E poder-se-á, talvez, vindicar a existência.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Dádiva

Ter uma ideia fixa dá obra mais prolixa. Se o muito fazer não é sempre bem haver dá muito mais prazer, ao escriba zeloso, escrever só pelo gozo. Linha a linha, com devoção, o poema em construção dá alegria mas não dá pão. Oh, triste poeta indigente que, em grande consumição, pede um'esmola a quem passa, tem obra tão vasta mas não tem um tostão.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

domingo, fevereiro 05, 2006

Ná Nada A Fazer

Nada sabemos. Nada a fazer. Nada sabemos fazer. Por isso escrevemos este dizer, do tanto que nos resta aprender. E fazer. A ideia esvoaça, voa e revoa. Vai depressa, que o teu pai está em Lisboa. Não quer ser apanhada (a ideia que voa) mas pla escrita é fixada (mesmo assim, à toa). Escreve asinha, antes que vá (mas para onde?) a ideia qu'inda é boa. Já foi e nada ficou, tens de ir perguntá-la ao avô. Que tudo sabe, que tudo ensina, ao menino e à menina. Uma ideia, até pequenina, vale tanto como uma mina. Quem dera saber. Quem dera fazer. Quem dera saber fazer.
Ideias não há, nem se gemer, que nada faço ou sei fazer

sábado, fevereiro 04, 2006

Nickette

Queixume

Quero é festança, muita alegria e fartança. Quero é ganhar. Muito dinheiro amealhar. Inda se tivesse uma ideia, daquelas que são minas, podia ir às meninas, sem nunca me preocupar. Mas no estado em que as coisas estão, ninguém me passa cartão (e as ideias, já as tiveram os outros). Ainda há autores prolixos, desses que vendem tudo, até a mãe, que tratam com desdém. É um vê-los publicar, volumes e tomos sem parar. Vendem tudo, os maganos, são piores que ciganos. E sabem vender, e sabem fazer muitos amigos, pra entreter. O pior, contudo, é quando tiram, d'um canudo, ideias já prontinhas, bonitas e fresquinhas, mais ou menos originais ou tiradas dos manuais. Meteoritos culturais, vendem bem, livros ou jornais. Esses, e outros que tais, vivem muito além e é demais.
A mim é que não me calha a sorte, mesmo trocando o passaporte. É sempre um tal penar, escrevendo sem parar... E vivo pobre, sem um tostão pra gastar!

Gárgula

Melopeia d'Optimismo

Oh, vagas alterosas d'alegria. Vagas tormentosas d'esplendor. Os raios dourados do Sol alumiam o percurso e este se estende sem escolhos, sem uma pedrinha sequer que perturbe o caminhar do caminhante a caminho da redenção.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

O Sinédrio

Mea Culpa

Isto né diário nã é nada.
Para o ser exige-se verdade, enquanto aqui se desenrola o rosário agridoce de um personagem, tão só, inspirado no vivente real.
Um diário não é, não pode ser, máscara.

domingo, janeiro 29, 2006

sábado, janeiro 28, 2006

Nona Entrada

Ser íntimo da vontade não é coisa pouca. Que, nem sempre se faz o que se quer, porque a calma não chega no rebuliço turbilhoso dest'estar e a vontade, coitadinha, soçobra, zarpando para outras paragens, deixando-nos na margem. Da indecisão.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

quarta-feira, janeiro 25, 2006

O Cárcere

De mim próprio prisioneiro, nos dias contados em horas de desespero.
Desânimo, amigo meu, tristeza sempre à'spreita qu'alegria pouco dura em terra de pouca fartura.

terça-feira, janeiro 24, 2006

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Oitava Entrada

Não fora esta languiscência e o mundo espraiar-se-ia em mil cintilações, fulgurantes verdades vividas. Vívidas sensações d'estética infinita.
Porém, quem diz que é possível sair incólume do casulo, protector é certo, mas que embaça a vera visão das coisas. Com sua membrana elástica, resiste a todas as investidas, não se sabendo sequer se, alguma vez, poderá ser rompido.

sábado, janeiro 21, 2006

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Séptima Entrada

Se fosse só um, o alento, e já bastaria um pouco de carne e de pão; qu'esta driva constante e perpétua, à procura de quê?

quinta-feira, janeiro 19, 2006